Comenta Celso Mariz que: o povoamento do Teixeira, como do sertão
paraibano se deu como consequência do projeto de ocupação do Governo Geral para
o interior da Paraíba, após a expulsão dos holandeses. O governador-geral
incentivara os baianos para o referido projeto de ocupação, daí um bom número
de bandeirantes da Bahia sobem pelo Pajeú em demanda de terras não ocupadas. A
serra do Teixeira já vinha sendo atingida pelos grileiros da Casa da Torre, que
subiam o mesmo Pajeú. Destaca Coriolano de Madeiros, com a sua autoridade de
historiador.
O principal fundador do povoado foi Manuel Lopes Romeu, ou Romeira,
proprietário em Natuba, o qual se passou com a família a Sabugi em meados do
século XVIII. Homem dado a caçadas, foi a serra em apreço onde encontrou o manancial
hoje conhecido pelo nome cacimba de baixo, ao pé da atual cidade. Sombreava a
fonte, altaneiro e anoso angico, no qual zumbiam três colmeias de uma espécie
de abelhas denominadas Canudos, dando o caçador ao local a expressiva
denominação Olho-d'Água dos Canudos, depois abreviado em Canudos.
Conservou a tradição que tendo Romeu se demorado na excursão, sua mulher Verônica Lins, tomada de receios, com uma filha e várias serviçais demandaram a serra, abrindo uma vereda que atingiu o platô. Dormiram a meia encosta. Alta noite apareceu uma onça que foi morta a golpes de facão pelas duas mulheres. A trilha transformou-se numa estrada, ainda hoje conhecida pela antiga denominação: ladeira da Onça. Encontrando-se com o marido, manifestou-lhe este desejo para ali se transportar com a família e logo o fez, começando a situar-se.
Notando que precisava de um caminho por onde mais rápido o local se comunicasse com o sertão, a N.E., foi ainda a mulher auxiliada pela filha, quem imaginou o traçado e o executou, conservando até os nossos dias a denominação de estrada da Verônica. Manuel Lopes e seu irmão João Leitão compraram a sesmaria e iniciaram a povoação de Canudos, nome que não pôde sobrepujar ao da Serra do Teixeira, finalmente Teixeira.